domingo, 13 de fevereiro de 2011

sete mulheres...e meia!

A pior surpresa que tive na vida foi quando espreitei as colegas de turma nos balneários após uma aula de educação física. Fiquei a saber que a Mariana afinal é torta de ancas e, vi logo que é daquelas que ao primeiro filho fica completamente escangalhada.
O que me cortou a tusa e consequentemente acabei o namoro de quatro meses com ela. De facto as roupas enganam muito, só assim percebi por que é que ela nunca me deixava pôr a mãozinha marota lá pelos meandros.
Mas não foi o fim do mundo. Afinal de contas, segundo o que dizem para aí, há sete mulheres e meia para cada homem, facto este que me alegra bastante, e a esfregar as mãos uma contra a outra (mas sem nada no meio).
E foi mesmo. Depois da Mariana veio a Valéria. Mulher de um porte que, segundo uns filhos da mãe, daria para dois ou três. Mas os meus ciúmes eram notórios e, num olhar de trovão, afastava a caça dos inimigos. Por exemplo, se acaso estivéssemos numa mesa de café - eu mais a Valéria - e um amigo meu viesse falar sobre qualquer merda, antes de qualquer mas, eu punha-o a milhas num fósforo.
Não era para menos.
A Valéria tinha umas mamas que quanto a mim tinham um poder de hipnose, pois quanto mais eu olhava mais queria olhar. Elas criavam apego. Como os ciúmes nunca levaram ninguém a lado nenhum, óbvio que acabámos por romper.
Evidente que andei numa tristeza enorme, a praticar indecências em casa à custa das recordações com ela.
Deus prendou as brasileiras com uma bunda, às portuguesas, cortou-lhes à traseira para aumentar à frente. Duas generosidades distintas, em que, se se conseguir a sua união,voilá, faz-se o milagre!

E duas já lá vão.
Aos trintas e cinco anos veio a Marta que, nem tanto à frente nem tanto atrás, dava explicações de inglês, e o dinheiro que ganhava investia em livros didácticos e às vezes entretinha-se a construir aviõezinhos que vinham aos pedaços em revistas de especialidade. Não que eu não goste de montar, mas aviões? De papel e madeira?
Por favor! Todos sabem que sou perito em outras montagens. Aquilo acabou por me cansar e dei-lhe com os pés, mas em inglês, com um simples bye-bye.

Como pessoa sensível que sou (com provas dadas no estrangeiro), pois no fundo nutria sentimentos de cima-abaixo de cima-abaixo pela Marta, andei a chorar pelos cantos.
E foi num desses cantos que a Irene me veio dar consolo mais as suas piranhas de estimação. De início juro que me assustei.
Acho que foi a primeira vez que executei um flic à rectaguarda sem estar com os copos.
A moça era criativa. Tanto fazíamos amor em cima do carro dela como em cima de um pinheiro.
Aliás, por causa desta última sofro de bicos de papagaio e, nas mudanças de estação, é o caralho. A situação tornou-se insuportável desde aquela vez que a Irene quis fazer no jardim zoológico, ao pé da cela dos macacos para, segundo ela, comparar o romantismo. Meu e do macaco.
Chamei-lhe quantos nomes havia e regressei a casa com os patins que ela me oferecera nos anos.
E lá vão cinco!
Andei bastante tempo sozinho e, por andar bastante tempo sozinho houve quem desconfiasse que eu estaria dando em morcão. Diziam-me, estás velho Jorge da Conceição, o teu tempo de antena acabou.
Para mostrar que ainda os tenho no sítio, que isto não é só aparências, decidi voltar aos combates, aos ringues e, no primeiro assalto, numa disco lá para os lados de Alvito S. Pedro, dei uma investida numa loira, embora, e contra muito que se foi falado sobre mim a esse respeito, as loiras nunca me tiraram do sério para o amor.

Desde puto que tenho a teoria de que as loiras peidam-se muito, e não sei por quê, não me perguntem, nem me chamem nomes. Mas acabou por acontecer. A Zélia era um bom petisco, cheiinha dos lados mas deu para o que eu quis e algo mais.
Sabia contar histórias infantis e eu, fino como um rato, adormecia sobre os peitinhos dela, recebendo carícias na careca, pois o meu cabelo foi dar uma volta quando tinha dezassete anos e nunca mais voltou. Só tinha mesmo atrás umas farrepas à Rolling Stone. Enfim, a zelinha era um doce, só com o senão de ela não se deixar comer.

Eu bem que lhe dizia que a coisa pelo meu lado era séria, que a boda podíamos marcar já, ou, em último caso, se ela quisesse, eu podia ir a casa dos pais dela, mas a Zélia, como boa catequista que era, queria seguir todas as normas educativas e sociais e religiosas. Ora bolas! Deus tinha de estragar tudo mesmo no momento em que…! Fartei-me das normas e, educadamente, mandei-lhe à merda, para a puta que a pariu, badalhoca, gorda.
Ela estendeu-me uma mão e eu estendi-lhe outra. Ficámos quites. Soube mais tarde que ela se casou com um primo com umas normas tão grandes que há quem diga que ele vira para os dois lados. Sem demagogias, que sejam muito felizes mas que não me venham pedir centavo.

Depois papei a Mónica. Essa sim, toureava como gente grande. Tanto toureava que me acabou pondo uns cornos bem visíveis do espaço. Pensei, que se lixe, mais vale um bife bem passadinho de vez em quando do que carne dura todos os dias. Não aguentei os boatos e zarpei para uma terrinha bem recatada, um sossego tal que a minha verga mal se levanta.
Sei que já lá vão sete e, coisas do diabo!, e não é que uma anã anda perdida por mim?, que quer coisas...?
E logo pensei numa decisão: vou, não vou, vou, não vou. Agora desculpem-me mas, o que eu decidi não vou aqui relatar por motivos…supersticiosos, ou melhor, normas educacionais!



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